quinta-feira, 31 de julho de 2014

Papa sobre a guerra: "É hora de parar! Parem, por favor!"

Após a oração mariana do Angelus, dia 27/07, domingo, o Papa Francisco, recordando que as crianças são as maiores vítimas das guerras, lançou um veemente apelo pelo fim dos conflitos: Parem! O Pontífice reiterou o pedido para se rezar pela paz e que as negociações e o diálogo tenham precedência sobre o conflito.
O Santo Padre iniciou sua mensagem recordando que segunda-feira, dia 28/07, foi um dia de luto, pois recorda-se o centenário do início da Primeira Guerra Mundial. O pontífice lembrou que Bento XVI definiu o conflito como “tragédia inútil”, pelas milhares de vítimas e grande destruição que provocou. Francisco pediu que se aprenda com a história para não se repetir os erros do passado.
O Oriente Médio, o Iraque e a Ucrânia, foram as três “zonas de crise” que receberam a atenção do Papa, mais uma vez, neste domingo, que reiterou o pedido de orações e a precedência do diálogo e da negociação sobre os conflitos:
“Em particular, o meu pensamento se dirige a três zonas de crise: a médio oriental, a iraquiana e a ucraniana. Vos peço para que continuem a se unir à minha oração para que o Senhor conceda às populações e às autoridades daquelas áreas a sabedoria e a força necessária para levar em frente, com determinação, o caminho da paz, enfrentando cada disputa com a firmeza do diálogo e da negociação e com a força da reconciliação. Que no centro de cada decisão não sejam colocados os interesses particulares, mas o bem comum e o respeito por cada pessoa”.
Ao recordar que tudo se perde com a guerra e nada se perde com a paz, Francisco voltou seu olhar para as crianças, as maiores vítimas inocentes dos conflitos, e faz um apelo veemente para que cessem os conflitos:
“Nunca a guerra. Penso sobretudo nas crianças, das quais se tira a esperança de uma vida digna, de um futuro: crianças mortas, crianças feridas, crianças mutiladas, crianças órfãs, crianças que têm como brinquedos resíduos bélicos, crianças que não sabem sorrir. Parem, por favor! Vos peço de todo o coração. É hora de parar! Parem, por favor!”.
Fonte:http://noticias.cancaonova.com/

quarta-feira, 30 de julho de 2014

PAPA FRANCISCO: 'O Papa foi visitar evangélicos!' Foi encontrar irmãos!', afirma Papa.

Cidade do Vaticano (RV) - O Espírito Santo faz a diversidade, mas faz também a unidade na Igreja: foi o que disse o Papa Francisco durante o encontro da manhã desta segunda-feira na "Igreja Pentecostal da Reconciliação" em Caserta, sul da Itália, aonde foi encontrar o Pastor Giovanni Traettino, seu amigo dos tempos de Buenos Aires e que, como ele, há muitos anos trabalha em prol do ecumenismo.
Participaram do encontro cerca de 200 pessoas, em sua maioria pentecostais oriundos, além da Itália, dos EUA, Argentina e de outros países.
Foi um encontro muito bonito, familiar, entre o Papa Francisco e o pastor amigo, reunido com a sua comunidade. Comovido, Traettino saudou o Papa em meio aos aplausos afetuosos dos presentes:
"Caríssimo Papa Francisco, meu amado irmão, é grande nossa alegria por esta sua visita: uma grande e inesperada graça, impensável até pouco tempo atrás. E poderá ver isso nos olhos das crianças e dos anciãos, dos jovens e das famílias. Nós lhe queremos bem! (aplausos) E deve saber de uma coisa: também entre nós, evangélicos, temos muito afeto por sua pessoa (aplausos) e muitos de nós, todos os dias, rezamos por sua pessoa. Ademais, é muito fácil lhe querer bem. Muitos de nós acreditam, inclusive, que sua eleição a Bispo de Roma tenha sido obra do Espírito Santo (aplausos)."
O Pastor Traettino – que em 1º de junho passado participara do encontro do Papa no Estádio Olímpico de Roma com a Renovação Carismática – recordou o esforço de Francisco ao ir pela segunda vez a Caserta e afirmou: "Com homens como o senhor há esperança para nós cristãos!"
Em seguida, falou da unidade da Igreja fundada em Jesus Cristo. Disse que o centro da nossa vida é estar na presença de Jesus e que a fé é um encontro pessoal com Ele.
Por sua vez, o Papa falou da diversidade que não é divisão e recordou quem é que faz a unidade na Igreja:
"O Espírito Santo faz a diversidade na Igreja e essa diversidade é tão rica, muito bonita; mas, depois, o próprio Espírito Santo faz a unidade. E assim a Igreja é una na diversidade. E para usar uma palavra bela de um evangélico, que amo muito, uma diversidade reconciliada pelo Espírito Santo."
A unidade – observou ainda – não é uniformidade, porque "o Espírito Santo faz duas coisas: faz a diversidade dos carismas, e depois faz a harmonia dos carismas". O ecumenismo é justamente buscar que "essa diversidade seja mais harmonizada pelo Espírito Santo e se torne unidade".
O Pontífice pediu perdão, como pastor dos católicos, pelas leis emanadas no passado contra os protestantes, vez que estas tiveram apoio de católicos.
Em seguida, respondeu aos que ficaram surpresos pelo fato de o Papa ter ido visitar pentecostais. Na verdade, foi restituir a visita que lhe haviam feito em Buenos Aires, disse ele mesmo:
"Alguém estará surpreso: 'O Papa foi visitar evangélicos!' Foi encontrar irmãos! – respondeu (plausos). Porque, na verdade, foram eles que vieram por primeiro me encontrar em Buenos Aires. E isso é um testemunho. Vieram e se aproximaram. E assim começou esta amizade, esta proximidade entre os pastores de Buenos Aires. E hoje aqui. Agradeço muito a vocês, peço que rezem por mim, preciso muito... para que ao menos eu seja melhor. Obrigado! (aplausos)."
Estava presente no encontro na Igreja pentecostal em Caserta, o sacerdote jesuíta argentino Guillermo Ortiz, responsável pelos programas em língua espanhola da Rádio Vaticano. Eis o que nos disse estando ainda na cidade do sul da Itália:
"Este é um encontro muito particular, muito especial. O Pastor Traettino recebeu o Papa diante de todos, após ter estado com ele antes de participar da oração na Igreja da Reconciliação. O Papa Francisco esteve pessoalmente com o Pastor em sua casa, neste encontro privado; depois veio aqui e o pastor disse diante de todos que também os evangélicos querem muito bem ao Papa Francisco. Cerca de 200 pessoas, talvez até mais, aplaudiram e estando aqui na Igreja se vê realmente como querem bem ao Papa. O pastor falou de reconciliação, da importância de retomar o caminho na presença do Senhor, partindo novamente de Jesus. No início houve um aplauso pela presença do Papa e, logo depois, foi pedido um aplauso mais forte para Jesus..."
Trata-se, portanto, de um momento muito importante para o ecumenismo...
"Sim, no sentido que o Papa se aproxima de uma periferia. Este evento é aquilo que acontece nas periferias de nossas cidades, inclusive em Buenos Aires, na Argentina, na América Latina, onde há pessoas que se reúnem e com a Bíblia rezam; creem em Jesus e são cristãos honestos, não são daqueles que se aproveitam das pessoas para tirar dinheiro delas prometendo a felicidade. São pessoas que lendo o Evangelho encontraram Jesus e Cristo mudou suas vidas. Agora elas dão testemunho buscando ajudar os outros. O Pastor Traettino disse ter meditado muito sobre a Encarnação, porque o Papa, ao invés de enviar uma mensagem a seu irmão, veio encontrá-lo e também participou da oração em sua Igreja. O Papa disse que nos fará bem ir encontrar e tocar Cristo na carne porque se fez homem e agora se encontra nos irmãos; e nos fará bem tocar a carne de Cristo nos irmãos. É uma coisa muito concreta. Isso significa que estamos falando de cristianismo: um cristianismo verdadeiro, profundo, que vai além das diferenças que – disse o Papa – são do mesmo Espírito Santo, que como um poliedro faz a diversidade e a unidade na diversidade", concluiu Pe. Ortiz (RL)

Fonte: http://www.news.va/pt

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Missa Solene da Festa de Senhora Sant'ana na Comunidade Santana

Neste domingo dia 27/07, houve a missa solene da Festa de Sant'ana na comunidade Santana da nossa cidade de Gov. Dix-Sept Rosado/RN. Festa esta que já é tradição a muitos anos nesta comunidade rural de nossa cidade e que tem grande participação de fiéis.
Após a missa houve batizado de algumas crianças.








Arquidiocese do Rio lança campanha de ajuda ao Haiti

Enquanto o Rio de Janeiro celebrava o primeiro aniversário da Jornada Mundial da Juventude 2013, a Arquidiocese local lançou a Campanha “Alimente a esperança – Ajude o Haiti”. “Como gesto concreto do primeiro aniversário da Jornada, peço a solidariedade e a partilha de todos para com os nossos irmãos do Haiti”, incentivou o Arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta.
O evento, que teve início às 13h, na Catedral de São Sebastião, no Centro, contou com a participação de diversos artistas católicos. O arcebispo presidiu a Santa Missa.
Campanha “Alimente a esperança – Ajude o Haiti”

Todos os recursos financeiros e as doações em gêneros alimentícios não perecíveis (preferencialmente leite em pó, feijão, arroz e fubá) serão enviados para o povo do Haiti por intermédio da manutenção da Missão da Associação e Fraternidade Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus. No Rio de Janeiro, a instituição dirige o Hospital São Francisco, na Tijuca, e outras 60 obras em todo o Brasil.
Para Frei Francisco Belotti, administrador da Associação, essa campanha fortalecerá o trabalho realizado no Haiti. “O país é o mais pobre das Américas. Todos os serviços de saúde e educação são pagos; resta à população carente o apoio prestado por entidades religiosas ou não governamentais. Nossa missão é cuidar de cada irmão haitiano”, declara.
O trabalho da Associação Lar São Francisco no Haiti começou, em 2011, após o terremoto que aconteceu no país. “A miséria lá está em uma escala muito acima do que vivenciamos e conhecemos aqui no Brasil. Ajudar alimenta a nossa alma, nos engrandece por dentro, e isso é muito bom. O mais gratificante é saber que podemos cooperar com pessoas que estão totalmente desassistidas”, disse Fabiano Castro Matos, funcionário da associação, que já trabalhou na unidade de assistência social do Haiti.

http://noticias.cancaonova.com/

quinta-feira, 10 de julho de 2014

David Luiz adere ao movimento "Eu escolhi esperar"

Principal nome da seleção brasileira durante a Copa do Mundo 2014 em campo e fora dele, o zagueiro David Luiz se tornou sensação na internet ganhando vários memes, gifs, vídeos. O zagueiro também “ganhou o coração” de várias fãs.
O que pouca gente sabe é que David Luiz namora há anos a portuguesa Sara Madeira e faz parte de um movimento evangélico “Eu escolhi esperar”, que prega que as relações sexuais devem ocorrer somente após o casamento.
O idealizador do movimento, Nelson Junior, esclareceu em uma entrevista no mês passado ao site da revista Placar o que é a campanha: “‘Eu escolhi esperar’ não é uma campanha de virgindade, mas sim de preservação sexual. A adesão do David foi muito discreta, porque ele é assim em sua vida pessoal. Não significa que ele seja virgem ou não. Significa que ele optou por se preservar até o casamento”, frisou.
Virgem ou não, com fama e jeito de bom moço, irreverência e estilo peculiar, além das boas atuações em campo, David Luiz parece estar repetindo os passos de Kaká, também bastante religioso, que anos atrás se tornou o “príncipe encantado” para muitas mulheres e adolescentes.

Fonte:http://www.diarioonline.com.br/

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Arquidiocese do Rio promove ações para celebrar 1 ano da JMJ

As comemorações de um ano da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro serão realizadas de 15 a 27 de julho. A programação transcorre dentro do projeto Memória e Missão da Arquidiocese do Rio de Janeiro, que visa celebrar o primeiro aniversário da JMJ Rio2013, recordando o encontro do Papa Francisco com os jovens e  discernir as ações dos católicos diante dos desafios apresentados atualmente.
Dentro da programação estão catequeses, missões, exposição cultural e peregrinação das réplicas dos símbolos da JMJ (a cruz e o ícone de Nossa Senhora). A grande celebração será realizada no sábado, 26, na Quinta da Boa Vista, a partir das 13h. Neste mesmo local, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta presidirá a Santa Missa às 18h.
No domingo, 27, haverá o lançamento do livro de fotos da JMJ, às 17h30, no auditório do Ed. João Paulo II, 2º andar.
Divulgação
Desde o último dia 18 de junho, as redes sociais foram movimentadas com a hashtag #1anoJMJRio. Os posts no facebook.com/jornadamundialdajuventude motivaram o envio de fotos dos peregrinos e voluntários durante a JMJ.
Outra ação a ser lançada é a Semana Cultural Memória & Missão. Trata-se de uma exposição itinerante, que irá começar no Largo da Carioca e percorrerá vários locais. A inauguração será no dia 15, às 11h30, no Largo da Carioca, com a presença de Dom Orani, bispos auxiliares, vigários episcopais e padres.
Em torno da exposição, as paróquias irão organizar eventos, disponibilizar voluntários para conversar com o público. As paróquias vão fotografar as exposições e postar nas redes sociais usando a hashtag #1anoJMJRio.
Catequeses
O dia 19 de julho será dedicado às catequeses, missões e celebrações. Em vários locais do Rio de Janeiro, a programação neste dia começará 9h com a leitura orante de Mt 25,31-46. E às 9h30min, serão realizadas as catequeses com o tema: Ano da Caridade: motivos e modos de bem vivê-lo em nível pessoal e comunitário.
O tema visa orientar os jovens a dar testemunho de sua fé e esperança. “O mundo de nossos dias tem mostrado sinais de violência, de agressões explícitas ou veladas contra a vida, em especial a vida mais fragilizada. Qual deve ser, então, a resposta dos cristãos? Por que é tão importante a prática da caridade? Qual a importância da caridade atualmente? Num tempo em que o egoísmo atinge até mesmo a dimensão religiosa, o desejo de fazer o bem aos outros deve ser uma das maiores prioridades. Não basta sentir-se amado por Deus. É preciso ajudar os outros a igualmente se sentirem amados por Deus e pelos irmãos”.
A partir das 13h, os jovens iniciam uma atividade missionária, em local a ser escolhido. E às 18h, as atividades serão concluídas com a Celebração Eucarística. Neste dia, na Igreja Nossa Senhora Conceição, em Santa Cruz, haverá a visita das réplicas dos símbolos
Confira programação:
15/07 – terça-feira. Inauguração da Semana Cultural (exposição de fotos) às 11h30, no Largo da Carioca
18/07 – sexta-feira. Bênção das réplicas dos símbolos por Dom Orani Tempesta, às 19h, na Praça da Medalha Milagrosa, Tijuca.
19/07 – sábado. Celebrações, catequeses e missões nos Vicariatos, a partir das 9h.
20 a 25/7 – domingo a sábado, Continuação das celebrações, catequeses e missões nos Vicariatos.
26/7 – sábado, Celebração de ação de graças pela Jornada e compromisso missionário, na Quinta da Boa Vista, a partir de 13h.
27/7 – domingo. Lançamento do livro da JMJ, no auditório do 2º andar do Ed. João Paulo II, às 17h30.
JMJ Rio2013
JMJ Rio2013 aconteceu de 23 a 28 de julho de 2013 no Rio de Janeiro. Os atos centrais foram na Praia de Copacabana, sendo a Missa de abertura com Dom Orani no dia 23, a acolhida ao Papa Francisco no dia 25, a Via Sacra no dia 26, a Vigília no dia 27 e a Missa de encerramento no dia 28.
Naquela semana, mais de três milhões de peregrinos testemunharam a fé em Jesus Cristo para o mundo todo. A Jornada também realizou catequeses com bispos do mundo inteiro, Festival da Juventude com atrações nacionais e internacionais e Feira Vocacional.
O Papa também visitou o Hospital São Francisco, a comunidade Varginha, abençoou os símbolos Olímpicos no Palácio da Cidade, esteve com a presidente Dilma Rousseff no Palácio Guanabara, encontrou com a sociedade civil no Teatro Municipal, falou para os jovens argentinos na Catedral, rezou o Angelus no Palácio São Joaquim, onde almoçou com 12 jovens, falou para o clero na Catedral e no Sumaré, além de visitar o Santuário de Aparecida.

Fonte: http://noticias.cancaonova.com/

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Papa preside Missa para vítimas de abusos sexuais

O Papa presidiu, nesta segunda-feira, 7, no Vaticano, uma Missa com a presença de um grupo de vítimas de abusos sexuais por parte de membros do clero. Após a Celebração, o Santo Padre os recebeu pessoalmente na Casa Santa Marta, em um encontro reservado de mais de três horas.
Segundo o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, a celebração ocorreu no início da manhã e o grupo foi formado por seis pessoas, três homens e três mulheres, provenientes da Alemanha, Irlanda e Grã-Bretanha.
Na Missa, esteve ainda presente o cardeal Sean O’Malley, arcebispo de Boston (Estados Unidos da América) e membro do conselho consultivo de oito cardeais criado pelo Papa para o ajudar na redação de uma nova constituição do Vaticano.
O responsável é o coordenador da comissão instituída por Francisco para a proteção de menores, da qual é integrante a irlandesa Marie Collins, que foi vítima de abusos quando criança.
As seis pessoas convidadas pelo Papa Francisco chegaram ao Vaticano, neste domingo à tarde, e jantaram na Casa de Santa Marta, onde foram cumprimentadas pelo Pontífice, adiantou o padre Lombardi, em coletiva de imprensa.
Todo o grupo almoçou e depois cada uma das vítimas esteve pessoalmente com o Papa, no primeiro encontro do gênero neste pontificado.
O Papa emérito Bento XVI encontrou-se com vítimas de abusos nas suas viagens aos Estados Unidos da América, Austrália, Malta, Reino Unido e Alemanha.
Homilia do Papa
Na Missa, o Papa Francisco condenou os “atos execráveis” de abusos sexuais perpetrados contra menores e pediu perdão às vítimas, afirmando que não há lugar na Igreja para membros do clero que pratiquem estes “crimes”.
“Perante Deus e o seu povo, manifesto a minha dor pelos pecados e graves crimes de abusos sexuais cometidos pelo clero contra vós e humildemente peço perdão”, declarou Francisco, na homilia da Missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.
Francisco afirmou que no ministério da Igreja não há lugar para que os cometeram estes abusos e diante dos presentes firmou um compromisso: “Comprometo-me a não tolerar a ninguém os danos infligidos a um menor, independentemente do seu estado clerical”. E pediu a colaboração de “todos os bispos” na proteção dos menores.
O Papa quis ainda pedir perdão pelos “pecados de omissão” dos líderes da Igreja que não responderam de maneira adequada às “denúncias de abuso” apresentadas por familiares e pelas próprias vítimas.
Cicatrizes para toda a vida
O Pontífice disse rezar para que a Igreja “chore” pelos que atraiçoaram a sua missão e “abusaram de pessoas inocentes”. “Há muito tempo sinto no coração a dor profunda, o sofrimento – oculto durante tanto tempo”, confessou o Papa, em relação às vítimas, falando numa “cumplicidade que não tem explicação”.
Esse silêncio foi contrariado por alguns que chamaram a atenção para “este crime e grave pecado” dos abusos sexuais com que “alguns padres e bispos” violaram a inocência de menores “e a sua própria vocação sacerdotal”.
“São mais do que atos reprováveis, é como um culto sacrílego, porque esses meninos e meninas foram confiados ao carisma sacerdotal para os levarem a Deus e eles sacrificaram-nos ao ídolo da sua concupiscência”, declarou.
Francisco realçou que estes atos deixaram “cicatrizes para toda a vida”, com muitos sofrimentos para as vítimas e suas famílias, chegando mesmo à “terrível tragédia do suicídio de um ser querido”. “As mortes destes filhos tão amados por Deus pesam no coração e na consciência, minha e de toda a Igreja”, assumiu o Papa.
Formação de novos padres
O Santo Padre prometeu vigilância na preparação de novos sacerdotes e disse contar, para isso, com o apoio da nova Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores, a fim de promover “as melhores políticas e procedimentos” neste campo.
“Faremos todos os possíveis para assegurar que tais pecados não voltem a acontecer na Igreja”, assumiu.
O Papa concluiu a homilia pedindo orações para que veja sempre “o caminho do amor misericordioso” de Deus e tenha a coragem de “seguir esse caminho pelo bem dos menores”.
Tolerância zero
O Papa Francisco, no voo entre Telaviv e Roma, no dia 26 de maio, disse que a Igreja Católica vai manter uma política de ‘tolerância zero’ em relação a casos de abusos sexuais.
“Nesse momento, há três bispos sob investigação e um já foi condenado, faltando apenas avaliar a pena a aplicar. Não há privilégios”, declarou, acrescentando que este é “um problema grave”.
Francisco comparou os abusos a uma ‘Missa negra’ (satânica) para afirmar que “um sacerdote que faz isso trai o Corpo do Senhor”.
A Comissão Pontifícia para a Tutela dos Menores integra, além de Marie Collins, a francesa Catherine Bonnet, estudiosa de psicologia e psiquiatria; a inglesa Sheila Hollins, docente de psiquiatria; o jurista italiano Claudio Papale; a ex-primeira ministra polaca Hanna Suchocka; o jesuíta alemão Hans Zollner, decano da Faculdade de Psicologia da Universidade Gregoriana; o jesuíta argentino Humberto Miguel Yanez, diretor do departamento de Teologia Moral da Gregoriana e ex-docente no Seminário São Miguel de Buenos Aires.
Esse organismo reuniu-se, no domingo, e decidiu alargar a composição da comissão a elementos de outras áreas geográficas.

Fonte:http://papa.cancaonova.com/

quarta-feira, 2 de julho de 2014

A Igreja é uma família, explica padre Joãozinho

Padre Joãozinho, scj
João Carlos Almeida – Teólogo e escritor
Sabemos que a família é o “santuário da vida”, como gostava de dizer o nosso saudoso São João Paulo II. Significa que cada lar é um verdadeiro templo. Os pais são os sacerdotes da casa; assumiram, no dia do casamento, o compromisso de “educar os filhos na fé cristã”. Por isso, é em casa que se deve receber as primeiras lições de catequese.
É bonito ver famílias em que a fé é vivida em torno da mesa, por meio da oração. Já se disse que a família que reza unida, permanece unida. Os pais recebem a autoridade para abençoar seus filhos. Antigamente era comum que os filhos pedissem a bênção a seus pais. Hoje, precisamos recuperar essas coisas simples, mas muito importantes. A família é uma Igreja, e o contrário também é verdade: a Igreja é uma família. Ao menos deveria ser.
A Igreja não é uma empresa nem uma sociedade civil. Não é um clube, mas uma família de irmãos. Se os pais são sacerdotes do lar, o padre é pai do povo na paróquia. É casado com a comunidade.
Ao entrar em uma Igreja,  devemos ter a mesma sensação de um filho que entra na casa dos pais. Não podemos ser como estranhos na comunidade. A Igreja é a nossa casa. Aliás, somos parte desse corpo, que é o “corpo místico de Cristo”.
O Papa Francisco gosta de falar da “Igreja em saída”, ou seja, de portas abertas. É um lugar de acolhida para quem chega, mas também um pondo de partida onde encontramos forças para sair em missão.
Quando vivemos essas duas dimensões: família-Igreja e Igreja-família, somos verdadeiramente católicos, ou seja, gente que tem o Cristo todo para anunciá-Lo a todos.
Somos “evangélicos”, pois vivemos e testemunhamos o Evangelho. Somos “crentes”, porque vivemos a nossa fé na vida. Somos da “assembleia de Deus”, reunida na Eucaristia. Somos “protestantes”, quando denunciamos toda forma de injustiça. Somos a Igreja do pão e da graça. Somos uma comunidade verdadeiramente mundial e universal. E, além disso, temos Maria como Mãe. Não somos órfãos. Por isso, “sou feliz por ser católico”!

Fonte:http://noticias.cancaonova.com/