quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Festa de São José 2013


A Paróquia de São José de Mossoró - RN, dos dias 09 a 19 de Março, celebra mais uma tradicional Festa de São José que tem como Tema: ''Como São José, fortes na fé anunciamos o poder da vida", que unifica a mensagem transmitida na Pessoa de José (Carpinteiro, esposo de Maria e pai adotivo de Jesus), no Ano da Fé, na Campanha da Fraternidade 2013 e na Jornada Mundial da Juventude. Serão reflexões diárias no novenário dedicado ao amável Padroeiro. 
 Na Festa, durante o Novenário, todas as noites as 18h30, haverá a reza do Terço de São José ministrado pelas Viúvas com demais fiéis.


Dia 09 - Abertura com Show de Padre Nunes (Natal/RN)
De 10 a 18: O Novenário de São José - 19h30min.
Dia 19h - Tradicional Procissão e Missa de Encerramento às 16h


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Vamos nos permitir!


Sabe quando você olha ao seu redor e percebe que tudo está mudando? As pessoas, os costumes, as crenças... Sabe quando você tem que ficar uma tarde sozinha porque seus amigos mais próximos foram embora pra cursar faculdade em outra cidade, ou cresceram demais ao ponto de esquecer daquelas vezes que vocês brincaram na rua da sua casa de tica, ou de esconde esconde? Sabe quando você cresce e para de pedir a benção ao seus pais antes de ir dormir porque acha que é careta demais pra sua idade, mas que depois sente falta daquele beijo na testa pra ir dormir em paz? Pois é, já me senti assim.
 As vezes estamos ocupados demais nos perdendo, e nos iludindo com as coisas que o mundo nos oferece, que esquecemos de amar aquelas pessoas que tanto cuidaram e olharam por nós. Não amamos, não lembramos, não chegamos perto, não pedimos perdão, porque esperamos demais pelo outro, estamos tão mal acostumados, tão acomodados que esquecemos de nos permitir, de viver a vida como deve ser vivida. Então, essa é a hora de nos levantarmos dos nosso aposentos e cuidar em mudar, porque o mundo e as pessoas não vão mudar por você. Acorda jovem, é essa a hora, permita-se ser jovem, permita-se ser Santo.
Clarisse Sales
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Tempos modernos - Lulu Santos

Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia que insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais clara e farta
Repleta de toda a satisfação
Que se tem direito do firmamento ao chão


Hoje o tempo voa, amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Que não há tempo que volte amor
Vamos viver tudo o que há prá viver
Vamos nos permitir
Vamos nos permitir


Hoje o tempo voa, amor
Hoje o tempo voa, amor


Eu quero crer no amor numa boa
Que isso valha prá qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade pra dizer mais sim do que não


Hoje o tempo voa, amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Que não há tempo que volte amor
Vamos viver tudo o que há prá viver
Vamos nos permitir
Vamos nos permitir
Vamos nos permitir


Hoje o tempo voa, amor
Hoje o tempo voa, amor


Vamos nos permitir


Hoje o tempo voa, amor
Hoje o tempo voa, amor

Vamos nos permitir


Hoje o tempo voa, amor
Hoje o tempo voa, amor

Hoje o tempo voa, amor
Hoje o tempo voa, amor


Vamos nos permitir

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Bento XVI adverte sobre males do mundo em audiência com cardeais

O líder da Igreja Católica falou neste sábado após concluir retiro espiritual.
'Permanece em mim esta gratidão', disse o pontífice sobre seu papado.


O Papa Bento XVI prometeu neste sábado (23) aos cardeais uma maior "proximidade espiritual"  de sua parte após concretizar sua renúncia histórica, prevista para 28 de fevereiro, e fez uma advertência sobre os "males deste mundo, o sofrimento e a corrupção".
"Mesmo se concluo hoje a comunhão exterior visível, permanece a proximidade espiritual, uma profunda comunhão da oração", disse Bento XVI ao terminar um retiro espiritual iniciado no último domingo (17), onde refletiu sobre "o maligno, os males do mundo, o sofrimento e a corrupção".


Imagem divulgada neste sábado (23) mostra o Papa Bento XVI (à direita) lendo mensagem aos cardeais após concluir retiro espiritual no Vaticano (Foto: L'Osservatore Romano/AP)
De acordo com a agência de notícias "Ansa", Bento XVI agradeceu ainda aos cardeais pelos últimos oito anos de papado, dizendo que eles acompanharam o “peso do ministério papal” com “habilidade, afeto, amor e fé”. “Permanece em mim esta gratidão”, disse o pontífice.

Ele também mencionou a importância da Palavra de Deus para Igreja e fez uma observação sobre os males que, segundo ele, “são uma criação suja que sempre querem contradizer Deus e embaralhar sua verdade e sua beleza”.
Ainda neste sábado, o líder da Igreja Católica se encontrou com o presidente da Itália, Giorgio Napolitano. De acordo com a "Ansa", Bento XVI disse que irá rezar pela Itália e agradeceu a visita do presidente, acompanhado de sua mulher. No domingo (24), o Papa participará pela última vez da "hora do Angelus", quando falará ao público na Praça São Pedro.

Bento XVI recebeu neste sábado (23) o presidente da Itália, Giorgio Napolitani (Foto: L'Osservatore Romano/AFP)



Conheça os cardeais que elegerão o novo Papa Colégio Cardinalício


COLÉGIO CARDINALÍCIO

Vaticano hospedará cardeais durante todo o Conclave
Após o dia 28 de fevereiro, data da renúncia do Papa Bento XVI, iniciam-se os preparativos para o Conclave, momento em que cardeais se reunirão para a eleição do novo Papa.
Um novo tempo para a Igreja deve ter início com a nomeação do sucessor de Bento XVI. Assim, todos se preparam para este período de transição.


Última semana do Papa


Conclave ainda não tem data definida, afirma padre Federico Lombardi


Porta-voz do Vaticano dá detalhes sobre últimos dias de Bento XVI no pontificado

Na manhã desta quinta-feira, 21, o porta-voz oficial do Vaticano, padre Federico Lombardi, atualizou algumas informações sobre o calendário do Santo Padre e esclareceu diversas questões apresentadas sobre estes últimos dias do pontificado de Bento XVI.

No sábado, 23, às 9 horas (Roma), o Santo Padre e a Cúria Romana encerrarão os exercícios espirituais. Habitualmente, o Papa dirige algumas breves palavras aos presentes. Nesse mesmo dia, às 11h30 (hora local), o Pontífice se encontrará com o Presidente da República Italiana, Giorgio Napolitano. No domingo, 24 de fevereiro, Bento XVI rezará o último Angelus do seu pontificado, com os fiéis reunidos na Praça de São Pedro.

Na quarta-feira, 27, a última audiencia geral de Bento XVI terá lugar na Praça de São Pedro e acontecerá como de constume, exceto pela passagem do Santo Padre, via papamóvel, nos arredores das praça para saudar os participantes. De acordo com o comunicado do Vaticano, cerca de 30 mil pessoas deverão participar da oração mariana. No dia 28, como anuncia a nota da Casa Pontifícia, Bento XVI saudará pessoalmente todos os cardeais presentes em Roma. Não haverá discurso.

Quanto à sua partida do Vaticano, o Papa saudará, pouco antes das 17h (hora local), no Pátio São Dámaso, ao Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcísio Bertone e já no heliporto se despedirá do Cardeal Angelo Sodano, decano do Colégio Cardinalício. Em sua chegada à Castel Gandolfo, será recedido pelo presidente e o secretário de governo do Vaticano, pelo pároco de Castel Gandolfo e outras autoridades civis. O Santo Padre aparecerá à sacada do Palácio Pontifício de onde saudará os muitos fiéis presentes na praça.

O diretor de imprensa da Santa Sé, reforçou que a data para o início do conclave ainda não foi definida, mas será feita pela Congregação dos Cardeais, durante a Sede vacante. Isto, independente de um possível Motu Proprio do Santo padre para explicar detalhes sobre a Constituição Universi Dominici Gregis.

Referente ao assunto da Fratenidade Sacerdotal de São Pio X, foi reafirmado que a data limite de 22 fevereiro relacionada com a situação é apenas hipótese. Bento XVI decidiu confiar ao próximo Papa esta questão e portanto, não há de se esperar uma definição das relações com a Fraternidade, antes do final deste pontificado.

Por último, foi confirmado que a Comissão de Cardeais composta por Dom Julian Herranz, Jozef Tomko e Dom Salvadore de Giorgi, encarregada pelo Santo Padre para elaborar um relatório sobre a Santa Sé, tem feito um trabalho, cujo os resultados compete exclusivamente ao Papa. Estes cardeais não darão nenhuma entrevista, nem comentarão os resultados do estudo.

Por que o Papa Bento XVI renunciou?


Na manhã do dia 11 de fevereiro, memória de Nossa Senhora de Lourdes, fomos colhidos pela notícia espantosa de que o Santo Padre, o Papa Bento XVI, renunciou ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro.

Em discurso ao Consistório dos Cardeais reunidos diante dele, o Papa declarou que o faz "bem consciente da gravidade deste ato" e "com plena liberdade".

É evidente que a renúncia de um Papa é algo inaudito nos tempos modernos. A última renúncia foi de Gregório XII em 1415. A notícia nos deixa a todos perplexos e com um grande sentimento de perda. Mas este sentimento é um bom sinal. É sinal de que amamos o Papa, e, porque o amamos, estamos chocados com a sua decisão.

Diante da novidade do gesto, no entanto, já começam a surgir teorias fabulosas de que o Papa estaria renunciando por causa das dificuldades de seu pontificado ou que até mesmo estaria sofrendo pressões não se sabe de que espécie.

O fato, porém, é que, conhecendo a personalidade e o pensamento de Bento XVI, nada nos autoriza a arriscar esta hipótese. No seu livro Luz do mundo (p. 48-49), o Santo Padre já previa esta possibilidade da renúncia. Durante a entrevista, o Santo Padre falava com o jornalista Peter Seewald a respeito dos escândalos de pedofilia e as pressões:

"Pergunta: Pensou, alguma vez, em pedir demissão?

Resposta: Quando o perigo é grande, não é possível escapar. Eis por que este, certamente, não é o momento de demitir-se. Precisamente em momentos como estes é que se faz necessário resistir e superar as situações difíceis. Este é o meu pensamento. É possível demitir-se em um momento de serenidade, ou quando simplesmente já não se aguenta. Não é possível, porém, fugir justamente no momento do perigo e dizer: "Que outro cuide disso!"

Pergunta: Por conseguinte, é imaginável uma situação na qual o senhor considere oportuno que o Papa se demita?

Resposta: Sim. Quando um Papa chega à clara consciência de já não se encontrar em condições físicas, mentais e espirituais de exercer o encargo que lhe foi confiado, então tem o direito – e, em algumas circunstâncias, também o dever – de pedir demissão.

Ou seja, o próprio Papa reconhece que a renúncia diante de crises e pressões seria uma imoralidade. Seria a fuga do pastor e o abandono das ovelhas, como ele sabiamente nos exortava em sua homilia de início de ministério: "Rezai por mim, para que eu não fuja, por receio, diante dos lobos" (24/04/2005)."

Se hoje o Papa renuncia, podemos deduzir destas suas palavras programáticas, é porque vê que seja um momento de serenidade, em que os vagalhões das grandes crises parecem ter dado uma trégua, ao menos temporária, à barca de Pedro.

Podemos também deduzir que o Santo Padre escolheu o timing mais oportuno para sua renúncia, considerando dois aspectos:

Ele está plenamente lúcido. Seria realmente bastante inquietante que a notícia da renúncia viesse num momento em que, por razões de senilidade ou por alguma outra circunstância, pudéssemos legitimamente duvidar que o Santo Padre não estivesse compos sui (dono de si).

Estamos no início da quaresma. Com a quaresma a Igreja entra num grande retiro espiritual e não há momento mais oportuno para prepararmos um conclave através de nossas orações e sacrifícios espirituais. O novo Pontífice irá inaugurar seu ministério na proximidade da Páscoa do Senhor.

Por isto, apesar do grande sentimento de vazio e de perplexidade deste momento solene de nossa história, nada nos autoriza moralmente a duvidar do gesto do Santo Padre e nem deixar de depositar em Deus nossa confiança.

Peçamos com a Virgem de Lourdes que o Senhor, mais uma vez, derrame o dom do Espírito Santo sobre a sua Igreja e que o Colégio dos Cardeais escolha com sabedoria um novo Vigário de Cristo.

Nosso coração, cheio de gratidão pelo ministério de Bento XVI, gostaria que esta notícia não fosse verdade. Mas, se confiamos no Papa até aqui, porque agora negar-lhe a nossa confiança? Como filhos, nos vem a vontade de dizer: "não se vá, não nos deixe, não nos abandone!"

Mas não estamos sendo abandonados. A Igreja de Cristo permanecerá eternamente. O que o gesto do Papa então pede de nós, é mais do que confiança. É fé!

Fé naquelas palavras ditas por Nosso Senhor a São Pedro e a seus sucessores: "As portas do inferno não prevalecerão!" (Mt 16, 18).

Estas palavras permanecem inabaláveis através dos séculos!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Mensagem do Papa Bento XVI para a Quaresma 2013



A celebração da Quaresma, no contexto do Ano da fé, proporciona-nos uma preciosa ocasião para meditar sobre a relação entre fé e caridade: entre o crer em Deus, no Deus de Jesus Cristo, e o amor, que é fruto da ação do Espírito Santo e nos guia por um caminho de dedicação a Deus e aos outros.

1. A fé como resposta ao amor de Deus
Na minha primeira Encíclica, deixei já alguns elementos que permitem individuar a estreita ligação entre estas duas virtudes teologais: a fé e a caridade. Partindo duma afirmação fundamental do apóstolo João: "Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele" (1 Jo 4, 16), recordava que, "no início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo. (…) Dado que Deus foi o primeiro a amar-nos (cf. 1 Jo 4, 10), agora o amor já não é apenas um “mandamento”, mas é a resposta ao dom do amor com que Deus vem ao nosso encontro" (Deus caritas est, 1). A fé constitui aquela adesão pessoal – que engloba todas as nossas faculdades – à revelação do amor gratuito e "apaixonado" que Deus tem por nós e que se manifesta plenamente em Jesus Cristo. O encontro com Deus Amor envolve não só o coração, mas também o intelecto: "O reconhecimento do Deus vivo é um caminho para o amor, e o sim da nossa vontade à d’Ele une intelecto, vontade e sentimento no acto globalizante do amor. Mas isto é um processo que permanece continuamente a caminho: o amor nunca está “concluído” e completado" (ibid., 17). Daqui deriva, para todos os cristãos e em particular para os "agentes da caridade", a necessidade da fé, daquele «encontro com Deus em Cristo que suscite neles o amor e abra o seu íntimo ao outro, de tal modo que, para eles, o amor do próximo já não seja um mandamento por assim dizer imposto de fora, mas uma consequência resultante da sua fé que se torna operativa pelo amor» (ibid., 31). O cristão é uma pessoa conquistada pelo amor de Cristo e, movido por este amor – caritas Christi urget nos (2 Cor 5, 14) – , está aberto de modo profundo e concreto ao amor do próximo (cf. ibid., 33). Esta atitude nasce, antes de tudo, da consciência de ser amados, perdoados e mesmo servidos pelo Senhor, que Se inclina para lavar os pés dos Apóstolos e Se oferece a Si mesmo na cruz para atrair a humanidade ao amor de Deus.

A fé mostra-nos o Deus que entregou o seu Filho por nós e assim gera em nós a certeza vitoriosa de que isto é mesmo verdade: Deus é amor! (…) A fé, que toma consciência do amor de Deus revelado no coração trespassado de Jesus na cruz, suscita por sua vez o amor. Aquele amor divino é a luz – fundamentalmente, a única – que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir (ibid., 39). Tudo isto nos faz compreender como o procedimento principal que distingue os cristãos é precisamente "o amor fundado sobre a fé e por ela plasmado" (ibid., 7).

2. A caridade como vida na fé
Toda a vida cristã consiste em responder ao amor de Deus. A primeira resposta é precisamente a fé como acolhimento, cheio de admiração e gratidão, de uma iniciativa divina inaudita que nos precede e solicita; e o "Sim" da fé assinala o início de uma luminosa história de amizade com o Senhor, que enche e dá sentido pleno a toda a nossa vida. Mas Deus não se contenta com o nosso acolhimento do seu amor gratuito; não Se limita a amar-nos, mas quer atrair-nos a Si, transformar-nos de modo tão profundo que nos leve a dizer, como São Paulo: Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim (cf. Gl 2, 20).

Quando damos espaço ao amor de Deus, tornamo-nos semelhantes a Ele, participantes da sua própria caridade. Abrirmo-nos ao seu amor significa deixar que Ele viva em nós e nos leve a amar com Ele, n’Ele e como Ele; só então a nossa fé se torna verdadeiramente uma «fé que actua pelo amor» (Gl 5, 6) e Ele vem habitar em nós (cf. 1 Jo 4, 12).

A fé é conhecer a verdade e aderir a ela (cf. 1 Tm 2, 4); a caridade é «caminhar» na verdade (cf.Ef 4, 15). Pela fé, entra-se na amizade com o Senhor; pela caridade, vive-se e cultiva-se esta amizade (cf. Jo 15, 14-15). A fé faz-nos acolher o mandamento do nosso Mestre e Senhor; a caridade dá-nos a felicidade de pô-lo em prática (cf. Jo 13, 13-17). Na fé, somos gerados como filhos de Deus (cf. Jo 1, 12-13); a caridade faz-nos perseverar na filiação divina de modo concreto, produzindo o fruto do Espírito Santo (cf. Gl 5, 22). A fé faz-nos reconhecer os dons que o Deus bom e generoso nos confia; a caridade fá-los frutificar (cf. Mt 25, 14-30).

3. O entrelaçamento indissolúvel de fé e caridade
À luz de quanto foi dito, torna-se claro que nunca podemos separar e menos ainda contrapor fé e caridade. Estas duas virtudes teologais estão intimamente unidas, e seria errado ver entre elas um contraste ou uma «dialéctica». Na realidade, se, por um lado, é redutiva a posição de quem acentua de tal maneira o carácter prioritário e decisivo da fé que acaba por subestimar ou quase desprezar as obras concretas da caridade reduzindo-a a um genérico humanitarismo, por outro é igualmente redutivo defender uma exagerada supremacia da caridade e sua operatividade, pensando que as obras substituem a fé. Para uma vida espiritual sã, é necessário evitar tanto o fideísmo como o activismo moralista.

A existência cristã consiste num contínuo subir ao monte do encontro com Deus e depois voltar a descer, trazendo o amor e a força que daí derivam, para servir os nossos irmãos e irmãs com o próprio amor de Deus. Na Sagrada Escritura, vemos como o zelo dos Apóstolos pelo anúncio do Evangelho, que suscita a fé, está estreitamente ligado com a amorosa solicitude pelo serviço dos pobres (cf. At 6, 1-4). Na Igreja, devem coexistir e integrar-se contemplação e acção, de certa forma simbolizadas nas figuras evangélicas das irmãs Maria e Marta (cf. Lc 10, 38-42). A prioridade cabe sempre à relação com Deus, e a verdadeira partilha evangélica deve radicar-se na fé (cf. Catequese na Audiência geral de 25 de Abril de 2012). De facto, por vezes tende-se a circunscrever a palavra «caridade» à solidariedade ou à mera ajuda humanitária; é importante recordar, ao invés, que a maior obra de caridade é precisamente a evangelização, ou seja, o "serviço da Palavra". Não há acção mais benéfica e, por conseguinte, caritativa com o próximo do que repartir-lhe o pão da Palavra de Deus, fazê-lo participante da Boa Nova do Evangelho, introduzi-lo no relacionamento com Deus: a evangelização é a promoção mais alta e integral da pessoa humana. Como escreveu o Servo de Deus Papa Paulo VI, na Encíclica Populorum progressio, o anúncio de Cristo é o primeiro e principal factor de desenvolvimento (cf. n. 16). A verdade primordial do amor de Deus por nós, vivida e anunciada, é que abre a nossa existência ao acolhimento deste amor e torna possível o desenvolvimento integral da humanidade e de cada homem (cf. Enc. Caritas in veritate, 8).

Essencialmente, tudo parte do Amor e tende para o Amor. O amor gratuito de Deus é-nos dado a conhecer por meio do anúncio do Evangelho. Se o acolhermos com fé, recebemos aquele primeiro e indispensável contacto com o divino que é capaz de nos fazer «enamorar do Amor», para depois habitar e crescer neste Amor e comunicá-lo com alegria aos outros.

A propósito da relação entre fé e obras de caridade, há um texto na Carta de São Paulo aos Efésios que a resume talvez do melhor modo: «É pela graça que estais salvos, por meio da fé. E isto não vem de vós; é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque nós fomos feitos por Ele, criados em Cristo Jesus, para vivermos na prática das boas acções que Deus de antemão preparou para nelas caminharmos» (2, 8-10). Daqui se deduz que toda a iniciativa salvífica vem de Deus, da sua graça, do seu perdão acolhido na fé; mas tal iniciativa, longe de limitar a nossa liberdade e responsabilidade, torna-as mais autênticas e orienta-as para as obras da caridade. Estas não são fruto principalmente do esforço humano, de que vangloriar-se, mas nascem da própria fé, brotam da graça que Deus oferece em abundância. Uma fé sem obras é como uma árvore sem frutos: estas duas virtudes implicam-se mutuamente. A Quaresma, com as indicações que dá tradicionalmente para a vida cristã, convida-nos precisamente a alimentar a fé com uma escuta mais atenta e prolongada da Palavra de Deus e a participação nos Sacramentos e, ao mesmo tempo, a crescer na caridade, no amor a Deus e ao próximo, nomeadamente através do jejum, da penitência e da esmola.

4. Prioridade da fé, primazia da caridade
Como todo o dom de Deus, a fé e a caridade remetem para a acção do mesmo e único Espírito Santo (cf. 1 Cor 13), aquele Espírito que em nós clama:«Abbá! – Pai!» (Gl 4, 6), e que nos faz dizer: «Jesus é Senhor!» (1 Cor 12, 3) e «Maranatha! – Vem, Senhor!» (1 Cor 16, 22; Ap 22, 20).

Enquanto dom e resposta, a fé faz-nos conhecer a verdade de Cristo como Amor encarnado e crucificado, adesão plena e perfeita à vontade do Pai e infinita misericórdia divina para com o próximo; a fé radica no coração e na mente a firme convicção de que precisamente este Amor é a única realidade vitoriosa sobre o mal e a morte. A fé convida-nos a olhar o futuro com a virtude da esperança, na expectativa confiante de que a vitória do amor de Cristo chegue à sua plenitude. Por sua vez, a caridade faz-nos entrar no amor de Deus manifestado em Cristo, faz-nos aderir de modo pessoal e existencial à doação total e sem reservas de Jesus ao Pai e aos irmãos. Infundindo em nós a caridade, o Espírito Santo torna-nos participantes da dedicação própria de Jesus: filial em relação a Deus e fraterna em relação a cada ser humano (cf. Rm 5, 5).

A relação entre estas duas virtudes é análoga à que existe entre dois sacramentos fundamentais da Igreja: o Batismo e a Eucaristia. O Batismo (sacramentum fidei) precede a Eucaristia (sacramentum caritatis), mas está orientado para ela, que constitui a plenitude do caminho cristão. De maneira análoga, a fé precede a caridade, mas só se revela genuína se for coroada por ela. Tudo inicia do acolhimento humilde da fé (Saber-se amado por Deus), mas deve chegar à verdade da caridade (Saber amar a Deus e ao próximo), que permanece para sempre, como coroamento de todas as virtudes (cf. 1 Cor 13, 13).

Caríssimos irmãos e irmãs, neste tempo de Quaresma, em que nos preparamos para celebrar o evento da Cruz e da Ressurreição, no qual o Amor de Deus redimiu o mundo e iluminou a história, desejo a todos vós que vivais este tempo precioso reavivando a fé em Jesus Cristo, para entrar no seu próprio circuito de amor ao Pai e a cada irmão e irmã que encontramos na nossa vida. Por isto elevo a minha oração a Deus, enquanto invoco sobre cada um e sobre cada comunidade a Bênção do Senhor!

Vaticano, 15 de Outubro de 2012
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BENEDICTUS PP. XVI

Fonte: Jovens Conectados

Clero da Diocese encerrou ontem a Semana de Estudos em Tibau- RN


O clero de nossa Diocese de Mossoró Reuniu-se em Tibau/RN de 18 a 25 de fevereiro para a 1ª Semana de Estudos do Clero de 2013.
Lá encontraram-se os padres de nossa Diocese de Santa Luzia: Padre Maciel (Apodi), Padre Porcídio (Martins), Padre Ivan dos Santos (Luís Gomes), Padre Flávio Augusto e entre outros padres, inclusive o nosso Pároco Padre Robério de Holanda (Governador Dix-Sept Rosado).

Campanha da Fraternidade 2013


A Paróquia de São Sebastião começa a vivência da Quaresma com a CF 2013 - FRATERNIDADE E JUVENTUDE que tem como Tema: EIS-ME AQUI, ENVIA-ME.
Quaresma é um tempo de penitência e conversão, portanto irmãos rezemos pela nossa caminhada em missão.
Hoje, está sendo iniciada a preparação Semana Santa com a Via-Sacra, vivendo quarenta dias em oração preparando o nosso coração para a Ressurreição do Nosso Senhor Jesus Cristo.
Venha conosco participar desta caminhada, momento único com Deus. Não deixe esta oportunidade passar.
Jesus espera por você!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Santo do Dia


Santa Josefina Bakhita


Santa irmã morena, como era conhecida, nasceu no Sudão, em 1869. Santa Josefina, como muitos naquele tempo, viveu a dureza da escravidão. Bakhita, que significa "afortunada", não foi o nome dado a ela pelos pais, mas por uma das pessoas que, certa vez, a comprou.


Por intermédio de um cônsul italiano que a comprou, ela foi entregue a uma família amiga deste de Veneza. Ali, ela tornou-se amiga e também babá da filha mais nova deles que estava nascendo.

Em meio aos sofrimentos e a uma memória toda marcada pela dor e pelos medos, ela foi visitada pelo amor de Deus. Porque essa família de Veneza teve de voltar para a África, em vista de negócios, tanto a filha pequena quanto a babá foram entregues aos cuidados de irmãs religiosas de Santa Madalena de Canossa. Ali, Santa Bakhita conheceu o Evangelho; conhecendo a pessoa de Jesus, foi se apaixonando cada vez mais por Ele.

Com 21 anos, recebeu a graça do sacramento do batismo. Livremente, ela O acolheu e foi crescendo na vida de oração, experimentando o amor de Deus e se abrindo à ação do Espírito Santo.

Quando aqueles amigos voltaram para pegar Bakhita e a criança, foi o momento em que ela expressou o seu desejo de permanecer no local, porque queria ser religiosa. Passado o tempo de formação, recebeu a graça de ser acolhida como religiosa. Isso foi sinal de Deus para as irmãs e para o povo que rodeava aquela região.

Santa Josefina Bakhita, sempre com o sorriso nos lábios, foi uma mulher de trabalho. Exerceu várias atividades na congregação. Como porteira e bordadeira, ela serviu a Deus por intermédio dos irmãos. Carinhosamente, ela chamava a Deus como seu patrão, “o meu Patrão”, ela dizia.

Conhecida por muitos pela alegria e pela paz que comunicava, ela, com o passar dos anos, foi acometida por uma grave enfermidade. Sofreu por muito tempo, mas na sua devoção a Santíssima Virgem, na sua vida de oração, sacramental, de entrega total ao Senhor, ela pôde se deixar trabalhar por Deus, seu verdadeiro libertador. Ela partiu para a glória e foi canonizada pelo Papa João Paulo II no ano 2000.

Santa Bakhita, rogai por nós!

Liturgia Diária


Evangelho (Marcos 6,14-29)
Sexta-Feira, 8 de Fevereiro de 2013
4ª Semana Comum

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 14o rei Herodes ouviu falar de Jesus, cujo nome se tinha tornado muito conhecido. Alguns diziam: “João Batista ressuscitou dos mortos. Por isso os poderes agem nesse homem”. 15Outros diziam: “É Elias”. Outros ainda diziam: “É um profeta como um dos profetas”.
16Ouvindo isto, Herodes disse: “Ele é João Batista. Eu mandei cortar a cabeça dele, mas ele ressuscitou!” 17Herodes tinha mandado prender João, e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher do seu irmão Filipe, com quem se tinha casado.
18João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. 19Por isso Hero­díades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. 20Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava.
21Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galileia. 22A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: “Pede-me o que quiseres e eu te darei”. 23E lhe jurou dizendo: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino”.
24Ela saiu e perguntou à mãe: “Que vou pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. 25E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”.
26O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. 27Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João. O soldado saiu, degolou-o na prisão, 28trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. 29Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Santo do Dia


São Ricardo


Nasceu na Inglaterra, no século VII e teve três filhos que também foram reconhecidos pela Igreja como santos. Ao descobrir a sua vocação para a vida matrimonial, quis ser santo, mas também quis que seus filhos o fossem, formando uma família santa para Deus. Ele fez, diariamente, a sua opção, porque a santidade passa pela adesão da nossa liberdade. Somos livres, somos todos chamados a canalizar a nossa liberdade para Deus, o autor da verdadeira liberdade. 

O santo inglês quis fazer uma peregrinação juntamente com os seus filhos chamados Winebaldo, Wilibaldo e Walberga. Mas, ao saírem da Inglaterra rumo à Terra Santa, passaram por Luca, norte da África, onde São Ricardo adoeceu gravemente e faleceu no ano de 722. Para os filhos, ficou o testemunho, a alegria do pai, a doação, o homem que em tudo buscou a santidade; não apenas para si, mas para os outros e para seus filhos.

São Bonifácio, parente muito próximo, convocou os filhos de São Ricardo para a evangelização na Germânia. Que linda contribuição! Walberga tornou-se abadessa; Wilibaldo, Bispo e Winebaldo fundou um mosteiro. Todos eles, como o pai, viveram a santidade.

São Ricardo foi santo no seu tempo. De família nobre, viveu uma nobreza interior, que precisa ser a de todos os cristãos; aquela que muitos podem nem perceber, mas que Deus está vendo. 

Os frutos mais próximos que podemos perceber na vida desse santo são seus filhos que, assim como o pai, também foram santos. Ele quis ser santo e batalhou para sê-lo como Nosso Senhor Jesus Cristo foi, é e continuará sendo.

Sejamos santos.

São Ricardo, rogai por nós!

Liturgia Diária


Evangelho (Marcos 6,7-13)
Quinta-Feira, 7 de Fevereiro de 2013 
4ª Semana Comum

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 7Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros. 8Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura.
9Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. 10E Jesus disse ainda: “Quando entrardes numa casa, ficai ali até vossa partida. 11Se em algum lugar não vos receberem, nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés, como testemunho contra eles!” 12Então os doze partiram e pregaram que todos se convertessem. 13Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Paróquia de São Sebastião se despede do Seminarista Albano

A Paróquia de São Sebastião está se despedindo do SEMINARISTA ALBANO, ele foi transferido para a Paróquia de São João Batista - Mossoró/RN
E Hoje haverá Celebração do Sagrado Coração de Jesus que será realizada às 19:00hs da Noite na Igreja Matriz! Participem da ultima Celebração presidida pelo SEMINARISTA ALBANO!
Façamos uma despedida cheia de Amor e Carinho para este Servo de Deus que fez muito por nossa comunidade, que esta nova fase missionária seja abençoada por Nossa Senhora e que São Sebastião interceda por ele!


A Paróquia de São Sebastião agradece em nome de toda comunidade a disposição que o Seminarista Albano teve para conosco, agradecemos pela partilha do Evangelho para a comunidade, devemos agradecer também a Deus pelo DOM dado a ele! Vai com Deus! Ficaremos com saudades desta pessoa especial para a nossa paróquia e para a comunidade!

Deus te Abençõe e prossiga na caminhada, não caia... Erga a cabeça e siga em frente, Deus estará sempre contigo! E que na Paróquia de São João Batista tu possas ter uma Vida Missionária Iluminada!